Viva Santo Antônio! Viva São João! Viva São Pedro!
Já dá para sentir o cheiro do milho, do pastel, da fogazza, do vinho quente e do quentão. Quem não gosta de uma boa quermesse? Vivem-se em muitas comunidades paroquiais neste período as festas juninas em homenagem a Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. E não há melhor forma de bem celebrar a vida dos santos do que fazendo a vontade de Deus.
Fazer a vontade de Deus, assim como fizeram os santos celebrados nas festas, é construir espaços de acolhida e missão. A celebração em comunidade não é mero evento cultural ou ação entre amigos, mas sim expressão da ação do Espírito Santo que na unidade se desvela nas ações da Igreja de Jesus como momento de graça.
O leigo é convidado a viver esse período de festas na Alegria do Evangelho, buscando a compreensão e a fraternidade, servindo e se colocando como porta aberta aos demais membros da comunidade eclesial. Arregaçar as mangas e assumir o compromisso batismal participando de maneira efetiva e caridosa da vida da comunidade é dar testemunho de fé no Ressuscitado e acender a grande “fogueira” da missão.
A missão evangelizadora é parte fundamental das festas promovidas pelas comunidades. São momentos de encontro e de partilha onde muitos membros afastados se reaproximam da comunidade, outras pessoas aparecem para comer e passar um pouco do tempo, eis o tempo favorável de evangelizar pelo testemunho, pelo sorriso acolhedor, pelo abraço fraterno.
Pode-se dizer que as festas juninas devem deixar o legado de comunidades mais unidas e abertas para a acolhida, mas para isso não pode ser a festa um momento a parte da vida comunitária, nesse caso evangelizar exige a presença de todas as pastorais, movimentos e organismos atuando de maneira dedicada e zelosa sem fazer distinção de trabalho mais importante ou menos importante, pois todos só têm sentido se forem para a Glória de Deus.
A “mística popular” acolhe, a seu modo, o Evangelho inteiro e encarna-o em expressões de oração, de fraternidade, de justiça, de luta e de festa. A Boa Nova é a alegria dum Pai que não quer que se perca nenhum dos seus pequeninos. Assim nasce a alegria no Bom Pastor que encontra a ovelha perdida e a reintegra no seu rebanho. O Evangelho é fermento que leveda toda a massa e cidade que brilha no cimo do monte, iluminando todos os povos. O Evangelho possui um critério de totalidade que lhe é intrínseco: não cessa de ser Boa Nova enquanto não for anunciado a todos, enquanto não fecundar e curar todas as dimensões do homem, enquanto não unir todos os homens à volta da mesa do Reino. O todo é superior à parte.”
(EvangeliiGaudium, n. 237).
Escrito por Jerry Adriano Villanova Chacon, filósofo e educador, membro da Pascom