Os filhos crescem, fazem as suas escolhas e começam a sair de casa
As mães que tanto reclamam da correria com fraldas, mamadeiras, brinquedos e noites sem dormir por causa de doenças, criam dentro de si um desejo de que os filhos cresçam, para que possam ter tempo para si.
E eles crescem e crescem rápido. Vem, então, a adolescência e os pais se deparam com os problemas de escola, amigos e festas. Logo, descobrem que quanto mais os filhos crescem mais as preocupações aumentam. Vem o sentimento de impotência diante dos conflitos de um mundo que ensina tantas coisas aos filhos, mas que muito pouco tem a ver com os valores familiares.
Com os filhos adultos, as preocupações passam a ser com a escolha da profissão, das festas, bebidas, formaturas e dos casamentos. Os sentimentos dos pais para com os filhos vão muito além do cansaço, vivem também muitos momentos de alegria.
Chega o dia, porém, em que os filhos crescem, fazem as suas escolhas e começam a sair de casa. É um momento importante e, às vezes, crucial na vida familiar. E pode ser uma mudança positiva, desde que considerada como uma oportunidade para dedicar mais tempo ao cônjuge, cuidar de si e da relação.
Entretanto, dependendo de como é sentida a saída dos filhos, este momento pode, realmente, se tornar difícil e doloroso, principalmente se o casal descobrir que construiu toda a relação em função da vida dos filhos. Nesse caso, a saída destes para construir a própria família ou por outras razões, deixa um grande vazio, e os pais se deparam com uma imensa solidão.
É um momento de reflexão, e não vale olhar no retrovisor do passado e pensar no “se tivesse”, pois pensar que poderia ter agido diferente não vai mudar a situação; sentir-se culpada, porque não estudou ou não trabalhou, não vai ajudar em nada. É momento de olhar para o futuro e decidir o que fazer, o que não fez até hoje e se recriar.
Como toda mudança, as pessoas são afetadas de forma diferente, dependendo das expectativas, dos projetos e do modo de ver essa transformação na vida delas. O ideal é aproveitar para redescobrir seu relacionamento conjugal e social. É hora de melhorar a qualidade de vida.
Independente de ser fácil ou difícil, é necessário que os pais continuem a sua vida e, dentro do possível, realizem novos projetos.
Lembrem que os filhos não abandonaram os pais, apenas estão seguindo o curso da vida. Isso vai ajudá-los a iniciar essa nova etapa de vida profissional, matrimonial ou missionária longe deles, de forma independente. Essa distância se torna menor à medida que os filhos sentem vontade de estar com os pais não mais pela sobrevivência, mas pela alegria de estarem juntos. De modo geral, querem estar perto de pessoas felizes e realizadas.
FONTE: Canção Nova