Após mais de duas décadas na Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Diadema, Pe. Paulo Sérgio assumiu no dia 6 de março uma nova missão: evangelizar a região da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Mauá, como pároco. Ele foi empossado em Santa Missa presidida pelo bispo Dom Pedro Carlos Cipollini e concelebrada pelo Pe. Sidcley Alves Machado, até então pároco local.
Feliz com o novo encargo, Pe. Paulo destacou que a missão do sacerdote é de governar o povo com autoridade de Cristo. “Autoridade regida na obediência, na responsabilidade, no amor e na fé. Seguindo Cristo bom pastor. Que nos revela esse múnus no serviço humilde e amoroso na cerimônia da Instituição da Eucaristia, na Quinta-feira Santa, cerimônia do Lava-Pés e que se encontra o seu ápice na madeira da Cruz, expressão da verdadeira caridade pastoral”, frisou o sacerdote.
Segundo Pe. Paulo, a família dele agora é o povo da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. “Por isso, estou disponível para que possamos caminhar juntos como Povo de Deus. O convite que torna o padre mais um, ou seja, membro da vossa família, pois a família do padre são vocês, a comunidade paroquial e a esposa, a noiva e a namorada do padre é a Igreja, sacerdócio régio, santo em Jesus Cristo”, explicou.
Dom Pedro ressaltou que o padre precisa imitar o próprio Cristo. “O pároco é aquele consagrado para o serviço da comunidade, vai imitar Jesus. Jesus servia as pessoas e não pensava Nele, mas nas necessidades dos outros. O projeto de Jesus era fazer a vontade do Pai. A vontade do padre é esta, por isso ele se consagrou”, falou o pastor da Igreja do Grande ABC.
O bispo ainda pediu que os fiéis ajudassem o novo pároco na missão do pastoreio. “Vamos confiar a Nossa Senhora o pastoreio de Pe. Paulo nesta paróquia. Que ele seja feliz e que vocês possam acolher e ajudá-lo nesta missão tão importante em ser o bom pastor na Paróquia”, destacou.
Ao fim da Santa Missa, os fiéis se confraternizaram com o novo pároco, Pe. Paulo, e também com o anterior, Pe. Sidcley.
Mensagem do Pároco
Eis a íntegra da mensagem expressada por Padre Paulo:
Reverendíssimo e digníssimo Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano nesta Diocese de Santo André. Reverendíssimo colegas sacerdotes no ministério, seminarista, religiosos (as) e todo povo de Deus desta comunidade aqui presente.
Externo nesse momento a minha alegria num contentamento grandioso. Que me fez lembrar algumas passagens do Decreto “Presby terorium Ordinis”, sobre o ministério e a vida dos presbitérios. Na primeira parte do proêmio diz que os presbíteros, pela sagrada ordenação e missão que recebem dos bispos, são promovidos para o serviço do de Cristo Mestre, Sacerdote e Rei, cujo ministério participam. E é por este ministério que a Igreja aqui na Terra não cessa de edificar-se num povo de Deus, Corpo de Cristo e Tempo do Espírito Santo.
Os presbíteros recebem de Deus a graça de serem ministros de Cristo Jesus entre os povos, desempenhando o múnus sagrado de santificar, ensinar e governar. O presbítero no múnus de santificar conclama para que os povos se tornem a oblação agradável, santificados no Espírito Santo. Pois é pela mensagem apostólica do Evangelho que se conclama e congrega o Povo de Deus, de forma que todos os que fazem parte deste Povo, depois de santificados pelo Espírito Santo, se ofereçam a si mesmos como “hóstia viva, santa, agradável a Deus” (Rom 12,1).
Conforme palavras do Papa Emérito Bento XVI por ocasião em 2010 do 150º (centésimo quinquagésimo) ano de aniversário do Santo São João Maria Vianey – o santo Cura D’ars – Ano Sacerdotal:
“O múnus de ensinar, isso é, no mundo que vivemos em meios a tantas filosofias e confusão acerca das escolhas fundamentais da nossa vida e das interrogações sobre o que é o mundo de onde viemos, e para onde vamos, o que devemos fazer para fazer o bem, como devemos viver, quais são os valores realmente pertinentes. O sacerdote não ensina as próprias ideias, uma única filosofia que ele mesmo inventou, encontrou ou que gosta. O sacerdote não fala de si mesmo, não fala por si mesmo, talvez, para não criar admiradores ou partido próprio. Também não diz coisas próprias, invenções suas, mas, na confusão de todas as filosofias, o sacerdote ensina em nome de Cristo presente, propõe a verdade que é o próprio Cristo, a sua palavra, o seu modo de viver e de ir em frente.
Por fim, o múnus sacerdotal de governar.
A missão do sacerdote de governar, de guiar, com a autoridade de Cristo Senhor (não com a própria): a porção do povo que Deus lhe confiou. Autoridade regida na obediência, na responsabilidade, no amor e na fé. Seguindo Cristo bom pastor. Que nos revela esse múnus no serviço humilde e amoroso na cerimônia da Instituição da Eucaristia, na Quinta-feira Santa, cerimônia do Lava-Pés e que se encontra o seu ápice na madeira da Cruz, expressão da verdadeira caridade pastoral”.
A essa caridade pastoral que peço-lhes neste momento que estou chegando, creio que a porta de entrada para quem se achegue, conforme minha cultura mineira chama-se “convite”.
Por isso, estou disponível para que possamos caminhar juntos como Povo de Deus. O convite que torna o padre mais um, ou seja, membro da vossa família, pois a família do padre são vocês, a comunidade paroquial. A esposa, a noiva e a namorada do padre são a Igreja, sacerdócio régio, santo em Jesus Cristo.
Iremos celebrar, em comunidade paroquial, a vida dos que passaram por este mundo, a vida dos que vivem (aniversário natalício), a vida dos que irão recomeçar (aniversário de casamento) e momento de graça e glória no Senhor.
E agradeço aos presentes por este momento de graças, por estarmos mais uma vez na casa da Mãe, Nossa Senhora de Lourdes. Agradeço as orações e acolhida, agradeço a vocês da minha saudosa comunidade: Paróquia Nossa Senhora das Graças – Diadema, que vieram me entregar nos braços da Virgem Imaculada Nossa Senhora de Lourdes.
E iremos celebrar vários momentos da minha vida sacerdotal em comunidade. E por isso roguemos a nossa Padroeira Nossa Senhora de Lourdes que nos abençoe e proteja em nossos trabalhos. Amém!