Jo 3, 16 – 18 (7 de junho 2020)
Introdução
Celebramos hoje o mistério mais profundo do cristianismo: A Santíssima Trindade: Deus é único sem ser sozinho, pois Ele é Amor. Amor é comunicação e unidade.
Neste mistério está toda nossa vocação: Pelo Batismo em nome da Trindade, somos vocacionados a viver no amor fontal do Pai, na graça revelada por Jesus e na comunhão promovida pelo Espírito Santo.
Por isso no único da Santa Missa usamos a as palavras de S. Paulo na sua carta aos Coríntios: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós”
Deus se Revela:
No Antigo Testamento teve uma importância fundamental a revelação da unicidade de Deus. Deus é um só, de uma unidade dinâmica e criadora. Devemos nos recordar que o povo de Israel vivia entre povos pagãos cada qual com muitos deuses.
O Povo da Antiga Aliança descobre que amando o Deus único, poderia ter unidade entre eles, formar um povo: o Povo de Deus e também atingir a unidade interior do coração: a felicidade.
O politeísmo era a imagem da divisão e dispersão, mas a revelação de um Deus único e verdadeiro possibilitava a harmonia, unidade e a paz. Toda violência é excluída portanto. O homem pode encontrar seu centro.
Na Nova Aliança, esta revelação de Deus como único e verdadeiro encontra sua plenitude e iluminação graças à revelação do mistério da Trindade. Quem nos revla a Trindade é Jesus. Pois a Trindade é sua Pátria.
Deus não é único em uma unidade de solidão, mas é uno e cria unidade: Em Deus existem três pessoas e as três pessoas são um só Deus. Jesus diz que entre Ele e o Pai existe uma unidade total e uma comunicação total que se dá no Amor. Deus é Amor! Amor dinâmico e criativo.
Conclusão
A festa de hoje pede uma resposta à pergunta: quem é Deus? Nosso Deus é Trindade. Para muitos de nós cristãos, católicos, o mistério da Santíssima Trindade às vezes pode passar despercebido. Porém nós o nomeamos em todas as nossas orações. É o mais sublime a fonte de onde provém todos os outros mistérios de nossa fé.
A união entre as três Pessoas da Trindade nos convida não somente a sermos unidos a Deus mas também a sermos unidos entre nós. Nosso ideal de unidade entre nós é a Trindade na qual não existe divisão, oposição. As diferenças entre as três pessoas não as tornam inimigas mas se tornam dom umas para as outras se completando.
Esta unidade no amor só é possível se tivermos tolerância uns com os outros. Não ver as diferenças como ameaças mas como algo que nos completa. O MISTÉRIO DE UM DEUS UNO E ÚNICO, NA COMUNHÃO DE TRÊS PESSOAS, NOS FAZ COMPREENDER QUE A VIDA DE DEUS É ESSENCIALMENTE DIÁLOGO, COMUNICAÇÃO, DOAÇÃO: AMAR E SER AMADO.
Deus que nos criou se reflete em nós, e espera de nós que façamos, ou tentemos fazer, aquilo que Ele é Amor. Para isso como Igreja somos chamados a trabalhar pelo Reino de Deus que é o reinado do amor/comunhão. Como? Criando e construindo a “Civilização do Amor”.