Chegamos ao mês de setembro, dedicado à Palavra de Deus. Mês da Bíblia, pois neste mês, celebramos no final, São Jerônimo. O santo que traduziu todos os livros da Bíblia para o latim, possibilitando que a Palavra de Deus fosse a partir deste texto chamado “Vulgata”, ser traduzido em todas as línguas modernas.
Em sua Exortação Apostólica Pós-Sinodal intitulada Verbum Domini, o Papa Bento XVI escreve: “De fato, a Igreja funda-se sobre a Palavra de Deus, nasce e vive dela”(VD 3). Devemos reconhecer que, nas últimas décadas, a vida eclesial aumentou a sua sensibilidade relativamente a este tema, com particular referência à Tradição e à Sagrada Escritura.
O Vaticano II promulgou a Constituição dogmática sobre a Revelação divina, Dei Verbum, o que representou um marco na vida da Igreja, fazendo com que a Palavra de Deus fosse redescoberta. Fazendo também perceber que a novidade da revelação bíblica, consiste no fato de Deus Se dar a conhecer no diálogo, que deseja ter conosco.
Em Jesus a Igreja encontra-se com a Palavra de Deus que se fez carne e habitou entre nós. Quem conhece a Palavra divina conhece plenamente também o significado de cada criatura. O papa Bento, nesta mesma exortação Apostólica realça a importância da Palavra de Deus ocupar um lugar central na vida da Igreja. Recomenda que se incremente a “pastoral bíblica” como animação bíblica da pastoral inteira.
Somos portanto, continuamente exortados a impregnar nossa ação evangelizadora com a Palavra de Deus. De fato, no cristianismo, a Palavra é tudo. Palavra que se encarna: Jesus. Palavra que se revela: as escrituras. Palavra que se pensa: a Teologia. Palavra que se celebra: a Liturgia. Palavra que se obedece: Moral. Palavra que se interioriza e se vive: a espiritualidade.
Que a Palavra de Deus seja realmente para nós, luz para nossos passos em todos os momentos de nossa vida.
* Dom Pedro Carlos Cipollini para o jornal “A Boa Notícia”