A Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Santa Maria, em Santo André, vivenciou na noite de sexta-feira(10/05) um momento especial para um membro da comunidade ser um instrumento de amor ao próximo e de propagação do evangelho. É que o paroquiano Marcelo Cavinato deu um passo importante para o Diaconato Permanente, ao receber os ministérios de acólito e leitor das mãos do bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini.
“É um momento muito importante para mim. Mais do que um passo a mais na caminhada ao receber esses ministérios, como Dom Pedro explicou que antigamente eram consideradas ordens menores, é uma responsabilidade muito grande, pois a partir de agora servirei oficialmente o altar”, descreve Marcelo, ao dizer que o principal propósito do diaconato é servir a Jesus Cristo no povo de Deus. “É toda uma simbologia de serviço, um serviço prestado à liturgia. Estou caminhando e feliz rumo à ordenação de diácono. É um serviço a Jesus Cristo. Enxergar Jesus na carência do povo de Deus. É ali que temos de agir”, reflete.
Marcelo Cavinato tem 48 anos. É metalúrgico. Casado com Clara há 19 anos, com quem tem a filha Júlia, 16 anos. Frequenta a paróquia desde a adolescência, atuando no grupo de jovens e promovendo retiro espiritual para a juventude.
Cumprindo estágio na São Pedro e São Paulo Apóstolo, em São Bernardo, Marcelo Cavinato deve receber o Sacramento da Ordem no grau do diaconato no segundo semestre de 2019.
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A vocação e a referência
De acordo com Dom Pedro, o futuro diácono demonstrou estar preparado para a vocação e servir a Jesus Cristo: “Marcelo Cavinato recebe hoje os ministérios de leitor e acólito, sendo incumbido desse espírito de serviço a Jesus e aos irmãos. Então, que Deus conserve no seu coração esse desejo. Ele se encaminha para o diaconato permanente. Temos vários diáconos presentes aqui e em nossa diocese. É uma vocação, como está na sagrada escritura, um chamado para servir Jesus Cristo, na caridade em primeiro lugar, e na pregação da palavra, também ajudando na liturgia”, explica.
O bispo diocesano ainda cita o exemplo do apóstolo Paulo, como referência de atuação a serviço de Cristo e do povo de Deus.
“Essa união com Cristo nos une ao Pai. Da união com Cristo, da eucaristia brota a vida comunitária. A união que nos faz missionários do evangelho, tanto é que Paulo vai ser um grande missionário. Paulo foi enviado pela comunidade, assim como após o encontro dele com Cristo, ele é recebido na comunidade”, explica.
“Nós somos consagrados para servir o povo. Interessante que Paulo se intitula a serviço de Cristo, a vocação do cristão. Daí brota a missão, o amor, os gestos, atos, as vocações. Porque sem essa união com Cristo, a missão será tua, e não de cristo. A vocação será tua, e não de Cristo”, complementa.
Estiveram presentes diversos diáconos, bem como o pároco anfitrião, padre Jean Rafael Eugênio Barros e o diretor da escola diaconal, padre Pedro Teixeira de Jesus. “É importante rezarmos para termos mais vocações como essa e assumirmos o compromisso de servir na igreja, para Cristo e para o povo de Deus”, salienta Pe. Pedrinho.
Ao final, Dom Pedro proferiu a oração da Consagração a Nossa Senhora de Fátima, ao lado dos paroquianos presentes na celebração.
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Foco de fé
Membros da família de Marcelo Cavinato estiveram presentes na celebração, como a sobrinha Nathalie Breccia Canela, 30 anos. “Marcelo é uma inspiração, um exemplo para a família. Ele é o foco de fé de todo mundo. Ele é meu tio, mas para mim é como se fosse um pai”, elogia a bancária. “Para nós da Paróquia Nossa Senhora de Fátima é uma grande alegria ter o encaminhamento do diaconato do Marcelo. Saber de uma pessoa que conviveu conosco e teve essa iniciação com bispo para a futura ordenação. A igreja fica alegre”, afirma o amigo e engenheiro Airton Campanelli.
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Acolitato e Leitorato
A instituição ao leitorato e acolitato são etapas importantes da formação do candidato ao diaconato. As funções, até então chamadas de ordens menores, passaram a ser designadas como ministérios. O Leitor tem a função de proclamar a Palavra de Deus, ao passo que o Acólito serve ao altar, auxiliando nas celebrações e podendo distribuir a comunhão em casos extraordinários.