Durante o século XVIII, grupos jesuítas ficaram responsáveis pela evangelização da região do grande ABCD, especialmente dos índios que aqui habitavam. Eles conseguiram reunir grandes lotes de terra e o padre Salvador Pires Santiago construiu uma capela em louvor a Nossa Senhora da Conceição, na região em que hoje é o centro de Diadema que permaneceu até meados do século XIX, pois com a independência do Brasil, o trabalho dos jesuítas se encerrou e a capela acabou se transformando em ruínas.
Na década de 1920, as ruínas da antiga capela dos jesuítas foram descobertas pelo pesquisador José Batista de Campos Aguirra. Ele comunicou o fato ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo do qual era membro. A inexistência de um centro religioso no loteamento da Vila Conceição fez com que, em 1927, as ruínas se tornassem um simples centro religioso visto que ali ainda existia a imagem da padroeira.
No final da década de 1930, começou a ser discutida pelos moradores locais a possibilidade da construção de uma nova capela que ainda teria como padroeira Nossa Senhora da Conceição em um terreno em frente à Rua Manoel da Nóbrega que foi doado oficialmente pela Empresa Urbanística da Vila Conceição para a Mitra Arquidiocesana de São Paulo no dia 19/11/1940. A capela foi inaugurada em fevereiro de 1941 depois de meses de trabalho árduo.
Na década de 1940, a capela da futura Matriz ficou sob assistência dos padres da Paróquia São Judas Tadeu, do Jabaquara, visto que a Matriz de São Bernardo era muito distante e a passagem ligando a Vila Conceição e São Bernardo era lastimável. No dia 12/06/1949, o cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, em visita à região do ABCD, conheceu a capela Imaculada, que depois de muita insistência dos moradores e fiéis das redondezas, foi elevada à categoria de Paróquia.
A elevação ocorreu apenas quatro anos depois e neste meio tempo a casa paroquial foi construída com ajuda de uma comissão organizadora liderada pelo futuro primeiro prefeito de Diadema, Evandro Caiaffa Esquivel, que organizou, em maio de 1950, um festival em benefício desta obra em um terreno doado por Arthur Sampaio Moreira. A elevação aconteceu em 29 de junho de 1953, festa de São Pedro e São Paulo Apóstolo, pelo cardeal Mota.
Em 16/05/54, no ano proclamado pelo Papa Pio XII como Ano Jubilar em Ação da Graças pelo centenário do dogma da Imaculada Conceição, o cardeal deu posse ao 1º pároco, Padre Arnaldo, que celebrou missa pela manhã e a bênção do santíssimo à tarde desse mesmo dia.
Em 18 de julho de 1954, o papa Pio XII criou solenemente a diocese de Santo André tendo como primeiro bispo D. Jorge Marcos de Oliveira e desmembrou o território do atual ABCD da Arquidiocese de São Paulo. Todos os padres que trabalhavam nessa região tiveram a opção de continuar na Arquidiocese ou então se transferir para a nova diocese de Santo André. Padre Arnaldo, então, preferiu continuar na Arquidiocese de São Paulo e por isso afastou-se da Paróquia Imaculada Conceição por volta de 13 de setembro de 1954.
Após a saída do Pe. Arnaldo, por vários meses essa igreja ficou sem pároco, até que o padre Carlos Piasentiny foi nomeado em 15/04/1955. Não houve sequer posse oficial e por esse motivo não há registro documental do Pe. Carlos que, segundo depoimentos posteriores, chorou copiosamente ao rezar sua primeira missa na paróquia que teve participação de pouquíssimas pessoas.
A rica história tem muitos outros capítulos que em breve vamos divulgar.
A Missa em Ação de Graças será presidida pelo bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, às 16h do dia 30 de junho.
Com participação da Pascom da Paróquia Imaculada Conceição – Diadema