“O sacerdote tem a chave dos tesouros celestiais. Ele que abre a porta”. Ao analisarmos em profundidade o que significa essa frase de São João Maria Vianney, podemos nos perguntar: afinal, quais são esses tesouros celestiais que um sacerdote pode oferecer para o mundo?
Antes de prosseguir, no entanto, podemos conhecer também a diferença entre um sacerdote diocesano e um religioso. Você sabe?
O sacerdote diocesano está ligado à diocese, chamada Igreja Particular, e está sob os cuidados do bispo diocesano. Sua missão primordial é assumir e cuidar da esfera paroquial e zelar pela comunhão com o clero local. Podem ter propriedade, administrar bens, salário, não vivem em uma comunidade específica e devem obediência apenas ao bispo titular.
Já o padre religioso, que pode ser um frei, monge, antes do sacerdócio, assumem a vida religiosa, fazendo votos de pobreza, castidade e obediência, estando ligados diretamente a uma Ordem ou Instituto. Porém, quando estiver exercendo seu sacerdócio ministerial dentro de uma determinada diocese deve seguir as orientações do bispo local.
Agora que você já compreendeu melhor a diferença, imagine se não existisse a figura do pároco no mundo. A palavra “paróquia” é, essencialmente, a “casa” e o pároco é o chefe da grande família que nela habita. Voltando à reflexão que sugere a frase de São João Maria Vianney no início do texto, podemos prosseguir e refletir sobre esses tesouros que o sacerdote nos dá com a sua oferta de vida.
Levar a Palavra de Deus e a mensagem de salvação a todos
A missão dos apóstolos, de levarem a Palavra de Deus, se estende hoje a todos os sacerdotes. São verdadeiros mensageiros de Deus, líderes designados por Jesus Cristo que permeiam as realidades sociais, pessoais e comunitárias, em meio a um mundo que apresenta tanta dor e falta de esperança.
“O sacerdote é ministro de Jesus Cristo, o protagonista que se torna presente em todo o povo de Deus. Os sacerdotes de amanhã devem formar-se olhando para o amanhã: o seu ministério se realizará num mundo secularizado, e isso exige, de nós pastores, discernir como prepará-los para realizar a sua missão nesse cenário concreto e não em nossos “mundos ou situações ideais”, disse o Papa Francisco em encontro com os bispos chilenos. Um mundo sem sacerdotes, portanto, seria um mundo carente deste anúncio.
Sacramentos
Os sacramentos são sinais visíveis da graça de Deus. Receber cada um dos sacramentos da Igreja pelas mãos dos sacerdotes, ou com seu auxílio, é justamente experimentar essa graça divina que impulsiona cada pessoa no caminho de maturidade na fé.
Vivemos em meio às nossas imperfeições, e acabamos carregando fardos pesados em vista do pecado cometido. Entre tantos sacramentos importantes, a possibilidade de se reconciliar com Deus, na confissão, é uma oportunidade de resgatar a união plena com Jesus Cristo, especialmente por meio da Sagrada Eucaristia.
“(…) Diante de um penitente, os ministros devem reconhecer alguém que já realizou o primeiro fruto do encontro com o amor de Deus. E a tarefa dos confessores consiste em não tornar vã a ação da graça de Deus, mas ampará-la e permitir que chegue à sua realização”. (Papa Francisco, Sala Régia do Vaticano)
Uma sociedade sem um sacerdote, portanto, acaba por ficar sem essas chaves tão importantes que recebemos ao longo da vida em nossa caminhada rumo à eternidade.
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