Você já parou para pensar no significado e valor de conhecer e viver os itinerários propostos pelo Sínodo Diocesano na sua paróquia? Antes de tudo, é preciso compreender que a dimensão básica – de natureza – da Igreja é sinodal. E o que isso representa? Sínodo é uma palavra que vem do grego: sin-hodos, que significa juntos no caminho. Isso revela que a experiência eclesial não envolve apenas os padres, bispos ou autoridades, mas todo o povo de Deus. Na barca de Pedro, somos um povo chamado a caminhar em unidade.
Quando convocado, o Sínodo Diocesano contou com a colaboração de toda a Diocese de Santo André e, agora, oferece um caminho para que se atue diretamente no que foi colhido. Veja abaixo alguns bons motivos para você compreender a dimensão que tem o trabalho e diretrizes deste encontro tão fundamental para a ação evangelizadora da Igreja Católica no Grande ABC e região:
1. Caminhar em unidade e serviço para evangelizar
Toda a análise geográfica e socioeconômica apresentada no Sínodo foi um trabalho de pesquisa realizado em parceria com o instituto de pesquisa da Universidade de São Caetano do Sul. Os dados da pesquisa, assim como o material trazido pelas comunidades que participaram, revelam um cenário de queda crescente do número de católicos. De certa forma, isso não é uma novidade se compararmos com as pesquisas do Instituto Brasileiro de Estatística, no âmbito nacional. Mas não podemos negar que mostra uma realidade que “aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus” (Cf. Rm 8, 19).
A unidade – obra do Espírito Santo – é o que pode consolidar as forças dos responsáveis, ou seja, todos nós, pela mudança que precisa acontecer. A missão é, junto com o bispo, colocar a Diocese de Santo André no espírito de Igreja em Saída, um movimento tão enfatizado pelo Papa Francisco nos últimos anos.
2. Disseminar a cultura do acolhimento
Na pesquisa, o crescente número de católicos que abandonaram a religião pode sugerir uma pergunta: para onde essas pessoas foram? Por que elas mudaram de religião? Dentre outras questões mencionadas, registraram-se algumas situações de sofrimento – morte de familiares e doenças – como fatores que motivaram as conversões. Isso nos leva a crer que há uma lacuna no acolhimento, na experiência do ser família que faltou para essas pessoas.
O Sínodo Diocesano propõe itinerários muito claros para que se tenha uma rota a seguir no que diz respeito a esse assunto tão sensível. Acolher não seria uma necessidade apenas para evitar a perda de fiéis, mas para manter a saúde da vida comunitária nas paróquias e permitir que as pessoas se sintam cada vez mais plenas e seguras por estarem inseridas na família de Deus. E isso é responsabilidade de todos nós!
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3. Fortalecer a catequese e a formação
A pesquisa traz um dado que chama atenção. Dos católicos, apenas 64,4% dizem crer na Ressurreição de Cristo e ainda há uma certa confusão de conceito quando se fala de reencarnação. Pensar que a catequese – não apenas aquele modelo que conhecemos, oferecido às crianças – pode ser um instrumento de fortalecimento das comunidades é, certamente, um caminho importante a ser trilhado por todos.
Com os itinerários propostos pelo Sínodo, todas as paróquias terão condições de refletir e avançar concretamente nas propostas de catequese e formação de todos os fiéis.
4. Formar discípulos e missionários
“A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária”, diz o Papa Francisco na Evangelii Gaudium. Deste modo, o aspecto missionário é uma consequência natural de quem vive a experiência com Jesus. Nesta perspectiva, o compromisso de sistematizar, estimular e formar as pessoas para a missão é, sem dúvida, o grande pano de fundo do Sínodo Diocesano.
Sem pensar em “sair”, em “partir” para anunciar ao Cristo Ressuscitado ao outro, a Igreja morre, não sobrevive, se entristece, se fecha. E é por isso que dentro das propostas da Constituição Sinodal, há o convite para as visitas missionárias e muitas outras ações que darão nova vida à dinâmica pastoral das comunidades da Diocese de Santo André.
Não perca a chance de viver essa graça em sua paróquia.
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